Algumas plantas conseguem eliminar o excesso de água em estado líquido através de suas folhas. O nome desse processo é gutação (ou sudação) e ele ocorre em estruturas situadas nas bordas da folhas chamadas de hidatódios ou poros aquíferos.
A quantidade de água eliminada na gutação varia conforme a espécie, sendo maior nas plantas localizadas em regiões de clima tropical.
Para manter o equilíbrio ideal de água em seu interior, as plantas precisam transpirar, porém quando a umidade do ar está elevada, a transpiração vegetal pode ser lenta demais e nesse momento que os hidatódios entram em ação, para compensar a transpiração, inclusive à noite.
Para quem cultiva plantas, é comum observar o fenômeno na ponta das folhas de monsteras, jibóias e pacovás (reparem como o formado das folhas ajuda nesse processo) ou nas margens serrilhadas das folhas do morangueiro, por exemplo. Em cultivos caseiros, esse pode ser também um indicativo de rega exagerada: a quantidade de água absorvida pelas raízes é maior do que a capacidade de metabolismo da planta.
O fenômeno da gutação não deve ser confundido com o orvalho, quando há mudança do estado físico da água (em estado gasoso), que se condensa sobre a planta, conforme algumas condições climáticas do meio ambiente.
Fonte: Escola de Botânica