terça-feira, 3 de janeiro de 2023

Como e onde foi feito o primeiro calendário?

O Natal passou, as festas de Ano Novo passaram, estamos finalmente em 2023! Hora de trocar o calendário: pode ser folhinha de parede ou calendário de mesa. Para os digitais, o calendário do celular e do computador já foi trocado. São 365 dias (neste ano, 366 dias, pois estamos em um ano bissexto) distribuídos em 12 meses. Para se organizar nesse tanto de tempo, ter um calendário é essencial: para se programar, fazer projetos, rabiscar datas importantes, enfim, seja impresso ou digital, o calendário está em nossos dias — literalmente. Mas já parou para pensar na história do calendário? Não? Hoje vamos te contar um pouco mais dele.

A origem do calendário remonta aos tempos da Pré-História. Ele surgiu pela observação do homem acerca do nascer e pôr do Sol, além das diferentes fases da Lua. Basicamente, foi olhando o céu e os astros que o ser humano viu a necessidade de medir um período de dia, mês e ano. Ter essas marcações temporais ajudaram o homem no desenvolvimento da agricultura, caça e atividades de migração.



Por volta de 2700 a.C., os povos mesopotâmicos elaboraram um calendário com 12 meses lunares, de 29 ou 30 dias. Foi com base nesse modelo que os judeus posteriormente elaboraram seu calendário. Outros povos também realizaram adaptações e mudanças no calendário. O primeiro calendário solar surgiu com os egípcios por volta de 3000 a.C., com uma medição de 365 dias. Atualmente seguimos o chamado calendário gregoriano, que foi criado em 1582 pelo Papa Gregório XIII (1502 – 1585) — daí o nome “gregoriano”. O Papa teve como base o calendário juliano (criado pelo imperador Júlio César em 45 a.C.), que era utilizado pelo Império Romano — e ainda hoje é usado por cristãos ortodoxos em alguns países. Hoje, nosso calendário não segue mais a influência da movimentação dos corpos celestes.

Com grande precisão, o calendário gregoriano é utilizado — por convenção — em todo o mundo. Além desses calendários citados temos outros, como o chinês, maia, etíope, islâmico, hebreu, hindu, etc. Sem a presença dele, ficaria difícil organizar o tempo, nosso cotidiano e afazeres da sociedade.

Antes de ter os calendários em computadores e dispositivos eletrônicos, o ser humano precisava recorrer a meios analógicos para saber que dia é do calendário. Uma das formas mais populares são as folhinhas de parede e os calendários de mesa, que existem até hoje em empresas e em algumas casas. É bater o olho para saber, por exemplo, que sexta-feira que vem, cairá no dia 17 de janeiro. Já que os calendários ficam expostos, por que não agregar a eles elementos estéticos e artísticos? Não são poucas folhinhas que possuem obras de arte e fotografias que vão se modificando mês a mês.

O maestro, sacerdote e pesquisador Pe. José Penalva foi um grande admirador e usuário desses objetos. Ele colecionou alguns calendários da década de 1980 e 1990. As temáticas vão desde fotografias da Alemanha, passando por imagens de Michelangelo e gravuras com informações de mestres da música erudita.


Fonte: Claretiano