terça-feira, 1 de agosto de 2023

Lei da IA: Japão quer regras mais brandas que as da UE.

Ao que tudo indica, o Japão pode estar se inclinando a regras mais brandas para reger o uso de inteligência artificial (IA) no país. Segundo fonte próxima ao processo à Reuters, as regras japonesa devem ser mais leves que as desenvolvidas na União Europeia, a qual tem gerado diversas reações e críticas do mercado tech.

A declaração chega enquanto o chefe da indústria da UE, Thierry Breton, visita Tóquio. O gestor está no Japão para promover a abordagem do bloco para a criação de regras de IA, bem como para aprofundar a cooperação em semicondutores.

O funcionário do governo que falou à Reuters não detalhou as áreas na qual as regras do Japão provavelmente diferem das da UE.

O presidente do Conselho de estratégia de IA do governo japonês, Prof. Yutaka Matsuo, opinou em outra ocasião que as regras da UE são “um pouco rígidas demais”. Para ele, “com a UE, a questão é menos sobre como promover a inovação e mais sobre como fazer com que as grandes empresas assumam a responsabilidade”.

Os comentários de Matsuo concordam com uma recente carta aberta enviada ao Parlamento Europeu apontando falhas na nova lei da União Europeia para IA. O documento foi assinado por mais de 160 executivos de empresas que vão da Renault à Meta e apontam risco de competitividade e responsabilidade desproporcionais.

A Europa aprovou em maio um projeto que regula e torna mais rígidas as regras sobre o uso de ferramentas de inteligência artificial como o ChatGPT, a chamada Lei da IA da UE. O rascunho da proposta, que está em fase final, incluiu em junho mais restrições — Parlamento votou para incluir a proibição do uso da tecnologia em vigilância biométrica.

Além disso, sistemas como o ChatGPT teriam que divulgar conteúdo gerado por IA, ajudar a distinguir imagens deepfakes das reais e garantir salvaguardas contra conteúdo ilegal.

Enquanto isso, os EUA buscam uma regulamentação mais abrangente. Para Chuck Schumer, Líder da maioria no Senado americano, o novo regime regulatório deve evitar “danos potencialmente catastróficos e, ao mesmo tempo, garantir que os EUA avancem e liderem nessa tecnologia transformadora”.


Fonte: Olhar Digital.