Pela primeira vez, casos da gripe aviária de alta patogenicidade (H5N1) em animais foram confirmados na região da Antártida, segundo a British Antarctic Survey (BAS). Os cientistas afirmam ter identificado aves infectadas pelo vírus na Ilha Bird, que é parte da Geórgia do Sul.
Até o momento, apenas populações do mandrião-antártico (Catharacta antarctica) testaram positivo para a gripe aviária, mas o destino da vida selvagem na ilha é incerto. Outras espécies podem contrair a doença, incluindo mamíferos, e a situação pode sair do controle, no pior dos cenários.
Além disso, milhares de
leões-marinhos morrem em decorrência da H5N1 no Peru, durante o começo deste
ano. No Brasil, a doença infectou apenas aves selvagens e de subsistência, como
galinhas (que não são criadas em granjas comerciais), segundo monitoramento do
Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
A partir da confirmação dos
primeiros casos na região da Antártida, a maioria das atividades de manejo dos
animais está suspensa na ilha da Geórgia do Sul. No entanto, os funcionários e
pesquisadores continuam a monitorar como a gripe aviária irá se espalhar pelo
espaço. Hoje, não existem vacinas e nem medicamentos amplamente disponíveis
para impedir surtos.
O que é gripe aviária?
É importante lembrar que a gripe
aviária é uma doença viral que afeta principalmente as aves — casos em outros
animais e humanos já foram observados, mas são raros. Na natureza, é comum
encontrar pássaros infectados com o vírus da gripe aviária de baixa patogenicidade.
Inclusive, alguns espécimes têm a infecção de forma assintomática.
Por outro lado, algumas estirpes
do vírus são altamente patogênicas (com alta virulência) e podem adoecer, de
forma fatal, essas aves. Normalmente, casos de H5N1 são seguidos por elevadas
taxas de mortalidade nas populações selvagens.
Fonte: Canal Tech.