sexta-feira, 10 de novembro de 2023

Gripe aviária chega pela primeira vez na Antártida.

Pela primeira vez, casos da gripe aviária de alta patogenicidade (H5N1) em animais foram confirmados na região da Antártida, segundo a British Antarctic Survey (BAS). Os cientistas afirmam ter identificado aves infectadas pelo vírus na Ilha Bird, que é parte da Geórgia do Sul.

Até o momento, apenas populações do mandrião-antártico (Catharacta antarctica) testaram positivo para a gripe aviária, mas o destino da vida selvagem na ilha é incerto. Outras espécies podem contrair a doença, incluindo mamíferos, e a situação pode sair do controle, no pior dos cenários.

Segundo os especialistas da BAS, a principal hipótese é de que as aves tenham contraído a gripe aviária de alta patogenicidade durante a sua migração para a América do Sul — mais especificamente, para a Argentina. Nesta parte do continente, surtos já foram observados.

Além disso, milhares de leões-marinhos morrem em decorrência da H5N1 no Peru, durante o começo deste ano. No Brasil, a doença infectou apenas aves selvagens e de subsistência, como galinhas (que não são criadas em granjas comerciais), segundo monitoramento do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

A partir da confirmação dos primeiros casos na região da Antártida, a maioria das atividades de manejo dos animais está suspensa na ilha da Geórgia do Sul. No entanto, os funcionários e pesquisadores continuam a monitorar como a gripe aviária irá se espalhar pelo espaço. Hoje, não existem vacinas e nem medicamentos amplamente disponíveis para impedir surtos.

O que é gripe aviária?

É importante lembrar que a gripe aviária é uma doença viral que afeta principalmente as aves — casos em outros animais e humanos já foram observados, mas são raros. Na natureza, é comum encontrar pássaros infectados com o vírus da gripe aviária de baixa patogenicidade. Inclusive, alguns espécimes têm a infecção de forma assintomática.

Por outro lado, algumas estirpes do vírus são altamente patogênicas (com alta virulência) e podem adoecer, de forma fatal, essas aves. Normalmente, casos de H5N1 são seguidos por elevadas taxas de mortalidade nas populações selvagens.


Fonte: Canal Tech.