O Distrito Federal está a meses sem chuva e a secura, típica desta época do ano, exige cuidados extras com a saúde, sobretudo para grupos mais vulneráveis, como idosos e crianças. A umidade relativa do ar está chegando à faixa dos 20%, nos últimos dias. Trabalhadores que atuam expostos ao sol também precisam ter atenção.
Thallys Ramalho, coordenador da pediatria do Hospital Santa Helena, da Rede D'Or, explica que crianças e idosos, mesmo quando desidratados, não costumam sentir sede para uma reposição efetiva do déficit de água. "A pele mais fina de idosos e bebês colabora também para o aumento da perda insensível de água, que acontece por meio da pele. Nessas faixas etárias, a desidratação pode ter consequências mais graves, por exemplo, insuficiência renal", alerta o especialista.
Ramalho elenca alguns cuidados
essenciais para a saúde no período de estiagem, como tomar água com frequência
e ter atenção à quantidade de urina e cor. "A redução do volume de urina e
diminuição da quantidade, são indicativos de maior necessidade de água",
explica.
A pneumologista do Hospital DF
Star Milena Zamian Danilow destaca que a
umidade baixa apresenta maior risco de doenças, principalmente as
respiratórias, cutâneas e oculares. "Devido à perda de umidade das
secreções que revestem as mucosas das vias aéreas, há diminuição da capacidade
de defesa contra microrganismos, predispondo a infecções respiratórias. A maior
quantidade de poeira suspensa no ar é um fator agravante e afeta principalmente
os portadores de asma e rinite", detalha a médica.
O otorrinolaringologista da
clínica OtorrinoDF e membro associado da Associação Brasileira de
Otorrinolaringologia e Cirurgia (ABOC), Stênio Ponte, aponta que idosos e
crianças têm risco aumentado porque
possuem constituição de água no
corpo proporcionalmente mais importante do que um adulto normal. "A falta
de quantidade ingesta de líquido afeta essas pessoas em uma velocidade maior. Uma criança
desidrata de um dia para o outro, assim como o idoso", observa.
Para os idosos, a hidratação
ganha mais importância por conta das estruturas fragilizadas do corpo. A
ingestão de água acaba sendo importante, também, para a recomposição dos ossos
e músculos. "Já as crianças podes ter dificuldade de manifestar vontade de
beber água", alerta Stênio, que recomenda o aumento do consumo de água.
"Quem bebe 2 litros diariamente, deve passar a beber 3,5 a 4 litros".
Principais precauções
» Beber água com frequência;
» Preferir dietas leves;
» Lavar as narinas com soro fisiológico à temperatura
ambiente;
» Usar colírios lubrificantes para os olhos;
» Usar protetor solar, chapéus e roupas que garantam
proteção da pele.
Fonte: Correio Braziliense.