sexta-feira, 16 de agosto de 2024

Operários descobrem o Marco Zero de Brasília em obra no Buraco do Tatu.

Durante as obras no Buraco do Tatu, as equipes do Departamento de Estradas de Rodagem do DF (DER-DF) foram surpreendidas com a descoberta do “Marco Zero” do DF, que estava escondido abaixo do antigo pavimento de concreto. Os registros históricos do Arquivo Publico do DF (ArPDF) possibilitaram a exata localização do marco, simbolizando o ponto escolhido por Lúcio Costa para a demarcação de todas as edificações e vias da cidade.

Também conhecida como “Estaca Zero” de Brasília, o ponto serve de referência na ordenação numérica da quilometragem das vias, ou seja, é o ponto inicial de contagem das distâncias calculadas a partir da cidade.

Em 20 de abril de 1957, o engenheiro e topógrafo Joffre Mozart Parada, então chefe da equipe de topografia da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), fincou no solo do Cerrado, na antiga Fazenda Bananal, o Marco Zero, cruzamento dos eixos rodoviário e monumental, a partir de onde Brasília começou a ser erguida.

Estabelecer o Marco Zero na construção de uma cidade é o mesmo que definir o ponto a partir do qual tudo será referenciado. Todos os componentes da urbanização da cidade são espacialmente definidos e calculados a partir desse ponto irradiador.

Após a implantação da Estaca Zero, as escalas urbanas – definidas no papel pela equipe de Divisão de Urbanismo da Novacap – puderam, então, ser transferidas para o chão da futura capital.

Para definir o local exato do Marco Zero foi utilizado o marco geodésico Vértice nº 8, instalado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que se encontrava no ponto mais alto da cidade, ao lado do cruzeiro, na atual Praça do Cruzeiro. Brasília foi irradiada a partir da Estaca Zero.


Fonte: Metrópoles