Durante as obras no Buraco do Tatu, as equipes do Departamento de Estradas de Rodagem do DF (DER-DF) foram surpreendidas com a descoberta do “Marco Zero” do DF, que estava escondido abaixo do antigo pavimento de concreto. Os registros históricos do Arquivo Publico do DF (ArPDF) possibilitaram a exata localização do marco, simbolizando o ponto escolhido por Lúcio Costa para a demarcação de todas as edificações e vias da cidade.
Também conhecida como “Estaca Zero” de Brasília, o ponto serve de referência na ordenação numérica da quilometragem das vias, ou seja, é o ponto inicial de contagem das distâncias calculadas a partir da cidade.
Estabelecer o Marco Zero na
construção de uma cidade é o mesmo que definir o ponto a partir do qual tudo
será referenciado. Todos os componentes da urbanização da cidade são
espacialmente definidos e calculados a partir desse ponto irradiador.
Após a implantação da Estaca
Zero, as escalas urbanas – definidas no papel pela equipe de Divisão de
Urbanismo da Novacap – puderam, então, ser transferidas para o chão da futura
capital.
Para definir o local exato do
Marco Zero foi utilizado o marco geodésico Vértice nº 8, instalado pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que se encontrava no
ponto mais alto da cidade, ao lado do cruzeiro, na atual Praça do Cruzeiro.
Brasília foi irradiada a partir da Estaca Zero.
Fonte: Metrópoles