sexta-feira, 2 de agosto de 2024

Tecnologia criada por estudantes consegue estabilizar tremores em pessoas com Parkinson.

Estudantes da Escola Técnica Estadual Paulo Freire, em Carnaíba, Pernambuco e a 400 km da capital do estado, criaram uma luva que consegue estabilizar tremores nas mãos, com o objetivo de mitigar um dos sintomas da Doença de Parkinson. 

Quem sofre da doença tem dificuldades em realizar movimentos simples, como segurar um talher ou escovar os dentes. Chamada de GlovETE, a ideia surgiu durante aulas de capacitação em empreendedorismo do Sebrae/PE, por meio do Programa Agente Local de Inovação (ALI).

O protótipo da luva criada pelos estudantes custa somente R$ 90, enquanto diferentes luvas já do mercado podem chegar a R$ 8.000.

“Eu não imaginava que a robótica fosse acessível para nós, aqui no sertão, e que ela poderia criar soluções para melhorar a vida das pessoas”, disse Danilo de Lima, de 18 anos, que participou do projeto, ao portal de notícias do Sebrae.

Danilo, junto com mais três colegas, trabalharam na ideia. Com conceitos aprendidos nas aulas de física e robótica, os alunos desenvolviam o projeto durante os intervalos do almoço ou após as aulas, à noite.

Um dos professores do grupo, Gustavo Bezerra, explica que os estudantes usaram muitas informações sobre circuitos elétricos e componentes eletrônicos.

Com o uso de materias da escola, como uma impressora 3D, furadeiras e uma microrretífica, além de outros itens, como uma luva de academia, um disco HD, regulador de energia e arduino, uma placa programável, conseguiram criar o protótipo.

A luva é capaz de criar essa estabilidade por conta do HD, que se torna um giroscópio, garantindo a estabilidade para a mão enquanto gira em alta velocidade.

A GlovETE ainda está em fase aperfeiçoamento e vai funcionar com uma bateria acoplada.

A luva estabilizadora foi um dos 50 melhores projetos de 2023 do Solve For Tomorrow, prêmio da Samsung, e também conquistou o primeiro lugar no QCiência, evento de ciência e tecnologia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Atualmente, as equipes buscam apoio para continuar com a fase de desenvolvimento do produto.


Fonte: Terra.